8.1.15

Mudei~

Agora eu tô aqui.

12.12.14

Peer Gynt, O Imperador de Si-Mesmo




Peer Gynt: um homem que não buscava nenhuma verdade senão a própria; que não tinha nenhum compromisso senão com ele mesmo. E que só buscava um caminho: o da glória. Conheça esse cativante herói sem princípios; esse aventureiro sedutor e sem limites. O Macunaíma da Noruega. Fonte: Skoob.




Peer Gynt é a personagem principal do livro homônimo de Henrik Ibsen. Logo nas primeiras páginas, pode-se perceber que Gynt é altamente mentiroso, conta estórias fantásticas a todos e ninguém na vila realmente acredita nele, além de causar certo desgosto à própria mãe, Åse, por suas atitudes. Ele também costuma seduzir mulheres e até mesmo ameaçá-las de maneiras esdrúxulas para conseguir o que deseja, e se apaixona justamente pela única que sempre diz não.

Depois de certos acontecimentos, ele é expulso da vila e os fantasmas de ações passadas começam a atormentá-lo das mais diversas maneiras. Gynt tenta fugir de tudo isso indo para longe, chegando na África, passando pelos Estados Unidos e construindo uma fortuna no caminho através de suas mentiras e patifarias, até que um dia ele é sabotado por pessoas que discordam de seus meios e acaba ficando sem rumo.


As ilustrações de Sérgio Palmiro, embora poucas, dão um aspecto bonito ao livro.

A verdade é que há muito sobre o que se falar desse livro, mas eu não sou muito boa com análises, então vocês terão que ficar contentes com a minha opinião:

Gynt é o típico filho da mãe que todo mundo odeia, e o final do livro é simplesmente enfurecedor, ao menos para mim. Ainda assim, vale a pena ler pois o livro completo é uma obra maravilhosa e as situações pelas quais a personagem passa conta com várias aparições de criaturas folclóricas da Noruega, além de diálogos surreais com uma pitada de insanidade. O livro possui apenas 102 páginas (Scipione, 1985) e a tradução de Ana Maria Machado é bem fácil de ler.

Esse é o meu primeiro post sobre livros, espero não ter ficado muito mal feito, risos.

10.12.14

Sobre a curiosidade que nunca me matou


Até onde a curiosidade pode nos levar? Por que, quando estamos curiosos e perguntamos para alguém, dizem que a curiosidade matou o gato? E o que são todas as perguntas se não uma faísca de curiosidade se manifestando?

Na escola, sempre me interessei por ciências e, no ensino médio, principalmente a física, porque parecia um jeito maravilhoso de se explicar os fenômenos com os quais nos deparamos no dia-a-dia. Química também era assim, mas sempre gostei mais de física por ser algo mais... palpável. Ao estudarmos a queda de um objeto, isso poderia ser demonstrado sem menores problemas, e as esquações faziam sentido. Quando estudávamos uma reação química, só podíamos ver o superficial e nunca pudemos observar a reação a nível atômico - para isso, usávamos as equações, que já não faziam tanto sentido quanto as da física. Não que eu tenha realmente aprendido alguma dessas duas matérias (sempre tirava nota vermelha nas duas), mas era mais pelas exatas do que pela teoria, eu juro. Isso tudo porque eu tinha curiosidade, assim como os grandes percussores das duas matérias tinham. Foi a curiosidade que nos trouxe o mundo moderno, a luz elétrica, a tecnologia e basicamente todas as coisas que nós conhecemos hoje.

Ontem mesmo eu estava me perguntando como as pessoas acendiam seus fogões antes da invenção do fósforo. Estamos tão acostumados a ter fósforos em casa que até esquecemos que até o século XIX as pessoas precisavam utilizar outros métodos para inciar uma combustão, e que o método usado deveria ser um pouco mais evoluído do que a história dos homens da caverna esfregando um gravetinho no outro. No fim, achei minhas explicações aqui e aqui, mas de repente me peguei com uma outra dúvida: quantas pessoas realmente se importam?

Existem vários sites dedicados à curiosidades e ciências, vários shows, vários canais no Youtube, e eles até recebem bastante tráfego, tem vários inscritos e pessoas que acompanham todos os vídeos, mas, comparado ao tráfego em sites de notícias sobre celebridades, quantas pessoas realmente se importam? Quantas delas só acessaram essas páginas para fazer algum trabalho escolar ou algo relacionado? E qual o motivo pelo qual queremos saber da vida dos famosos e não de alguma estranha lei da física? Sabemos que tudo isso não passa de curiosidade, mas por que ficamos curiosos sobre coisas tão bobas quanto os preparativos de casamento das celebridades x e y?

A verdade é que ambas as curiosidades são um tanto quanto saudáveis, mas é preciso haver um equilíbrio. Pode parecer bobo quando queremos saber da vida das outras pessoas, mas a verdade é que isso não passa de uma espécie de "curiosidade social" - não da melhor forma, claro -, queremos saber como as outras pessoas são pois assim sabemos como nós devemos ser. Embora o papel da educação seja majoritáriamente dos pais, a verdade é que a socialização acontece em diversos níveis. Ainda não acho legal ficar lendo revistas sobre o casamento das tais celebridades, mas existem outras maneiras de saciar essa curiosidade social, talvez implantando um pouco de curiosidade cultural. Por que você não pesquisa, por exemplo, sobre como são os casamentos na umbanda, ou como eles eram na era viking, ou, por que não, na Igreja de Satã? Isso certamente lhe trará mais crescimento pessoal e cultural do que ler sobre duas celebridades específicas fazendo um casamento na mesma igreja que você está acostumado a ir todo domingo.

Quanto a curiosidade científica, não são todos que se interessam por fórmulas, mas todos se interessam, certamente, em saber como algumas coisas funcionam, ou até mesmo pequenas questões como o porquê dos adoçantes serem mais prejudiciais à saúde do que o próprio açúcar. Ou, para as meninas que se importam tanto com dietas, por que não assistir um documentário de verdade falando sobre carbohidratos e açúcares, o quanto são necessários para nossa sobrevivência e o quanto pode ser descartado? Na era dos computadores, respostas para estas questões tão simples estão a apenas alguns cliques de distância, e mesmo assim muitas preferem ficar lendo e seguindo dieta de revista, sem se preocupar no mal que isso pode causar. Que tal se inclinar um pouco para o lado científico dessa história toda? A verdade é que você só tem a ganhar.

Isso tudo sem falar na curiosidade espiritual...

Eu não sei quanto a vocês, mas apesar da curiosidade poder matar muitos gatos, ela pode também salvar muitas vidas e criar muitas coisas novas, assim como destruí-las. Há tantas perguntas a serem formuladas e tantas respostas a serem dadas que, se eu fosse você, pararia agora mesmo e digitaria no Google aquela questãozinha boba que está na sua cabeça há dias e aprenderia um pouquinho mais sobre esse mundão onde nós vivemos.

8.12.14

Time Lord Rock


Eu ando numa vibe muito Doctor Who, como vocês já puderam ver aqui. Eis que passei o final de semana na casa de uma amiga e ela é fã d'O Senhor dos Anéis, e lembrei que existem muitas bandas que se inspiram em Tolkien para compor suas músicas, e logo pensei em como seria legal se existissem bandas que fizessem o mesmo com Doctor Who. De repente me veio a ideia genial de pesquisar no Google e assim encontrei o trock, ou Time Lord Rock, um gênero inspirado no show, que surgiu depois que a nova série foi lançada. Estou simplesmente viciada nesse gênero, e olha que conheço poucas bandas - levando em conta que é uma coisa completamente fan made, não duvido que existam muitas por aí que não tiveram a oportunidade de fazer uma gravação decente. Até o momento, a minha banda favorita é a Chameleon Circuit (infelizmente não sei dizer se eles ainda estão na ativa). Uma coisa que eu acho engraçadinha é que muitas bandas usam um pouco da abertura do show pra compor o instrumental.

Escolhi aqui as minhas favoritas pra quem quiser ouvir, mas já vou avisando que pode haver spoilers, então eu não recomendo pra quem pretende assistir a série. ;)

Miss Martha - Bad Wolf Bay
Define os sentimentos da maioria sobre a Martha. Eu gostava dela, mas devo concordar com essa música: ela precisava mesmo desencanar, HAHA.

Regeneration is Useless (With two Broken Hearts) - The Medusa Cascade
Me faz chorar. Muito. Simples assim.

The Sound of Drums - Chameleon Circuit
O legal dessa música é que realmente usa o barulho que o Master ouve. Muito bacana.

An Awful Lot of Running - Chameleon Circuit
Essa é bem geralzona sobre a série e o Doctor, bem spoiler free. :)

Por fim, um vídeo maravilhoso com uma das melhores músicas que encontrei, The Oncoming Storm, do Legs Nose Robinson, também spoiler free.


Imagem do tumblr.

6.12.14

Witchy

Foi em uma série de tv, em uma cena altamente dramática, que ouvi uma música estranha que me chamou muito a atenção. Procurei pela trilha sonora daquele episódio e cheguei à uma música chamada Asia, por um artista conhecido por Salem. Fiquei curiosa para saber como as outras músicas desse artista (que até hoje não sei se é uma só pessoa ou várias - na verdade, nunca procurei saber disso) e me apaixonei, embora nunca tivesse ouvido algo daquele tipo antes. Uma espécie de um rap/hip-hop com um tom macabro, algo novo para mim. Eis que descobri o termo witch house.



O termo é, na verdade, bem vasto, tanto que há vários grupos com sonoridades completamente diferentes e que se dizem witch house. Eu não vou bancar uma de sabida e dizer o que é ou o que não é, muito menos falar sobre os artistas mais conhecidos - até mesmo porque eu não sei nada sobre eles -, mas eu senti vontade de compartilhar essa bizarrice com alguém. Não conheço mais nenhuma outra pessoa que goste desse gênero (e sinceramente não espero muito que os leitores desse post simpatizem com ele), mas eu gosto muito. O gênero é bem confuso em si, já que alguns grupos abusam de símbulos relacionados ao ocultismo, enquanto outros falam sobre corações quebrados em suas canções. Existem os grupos que usam gravações ao contrário e desaceleradas, assim como há grupos em que os vocais consistem em gritos e uma voz chorosa. As batidas podem variar muito de grupo para grupo, de música para música, de momento para momento. Existem grupos que gostam de experimentar coisas meio inusitadas nas músicas, e algumas vezes o resultado fica realmente bom.

Não vou ficar aqui me matando pra definir algo que não pode ser definido em poucas palavras, então trouxe uma playlist com witch house (e outros gêneros que seguem a mesma linha, sendo meio que família) pra que vocês ouçam com os próprios ouvidos. Mas só um aviso: não espere que seja agradável de primeira.



P.S.: Alguém aí conhece algum site que tenha um tutorial bom de como fazer um tema para WordPress? Indica aí. ♥

Fonte da imagem desconhecida. Você é o autor? Avise para que eu possa creditar.

3.12.14

Que isso, Maria?

Eis que resolvi blogar em português novamente. Não pretendo parar de blogar em inglês, o Cryptoqueen vai continuar vivão, só percebi que sentia falta de escrever em português e trocar comentários com pessoas que não entendem inglês. E também acho que nem adiantava ficar blogando só em inglês se isso não trazia nenhum retorno diferente daquilo que eu já estou acostumada - eu até esperava que minhas visitas aumentassem um pouquinho porque agora todos poderiam me entender, mas a verdade é que poucas pessoas estrangeiras visitavam meu blog e poucas brasileiras entendiam meus posts, então acho que o melhor seria blogar em português de volta. Pelo menos agora eu posso trocar comentários com outras pessoas sem medo de que elas não entendam meus posts. E deixa eu confessar uma coisa: a imagem a seguir só está aí para assegurar a boa estética deste post, mesmo que, na tua opinião, ela possa estar falhando.



Eu não tô a fim de ficar falando muito aqui, até mesmo porque estou bem sem assunto (estranho é querer começar um blog novo sem ter o que falar... se planejamento fosse uma matéria, eu só tiraria nota vermelha), mas eu só queria inaugurar isso aqui logo, antes que eu desista da ideia.

Qualquer post anterior a esse foi importado e/ou traduzido de algum outro blog meu.

Um beijo pra quem se deu o trabalho de ler. ♥

Imagem retirada do tumblr.

29.11.14

Passando muito tempo com o Doctor

Faz algum tempo que quero falar sobre isso aqui no blog, mas tenho estado meio ocupada, sabe, assistindo a série. Estou falando de tudo que é, tudo que foi, tudo que poderia ter sido. Estou falando do homem que viaja em uma espaçonave que é maior por dentro. O homem que salvou a Terra milhões de vezes e nunca foi agradecido por isso. Estou falando do Doctor.



Eu não sou muito fã de séries em geral, mas as vezes gosto de me aventurar em alguns títulos. Raramente me envolvo com as personagens e acabo largando a série antes mesmo de terminar uma temporada. Oh, dessa vez foi completamente diferente... Foi num dia em que eu estava entediada e resolvi assistir alguma coisa nessa maravilha do mundo contemporâneo chamada Netflix. Eis que, claro, Doctor Who (2005) é uma das séries mais populares, e por isso sempre aparece na primeira página e, naquele dia, por algum motivo misterioso, resolvi dar uma olhada. Oh, my. Foi amor ao primeiro episódio. Eu não sabia exatamente o que esperar - sempre via pessoas falando sobre o show ou posts no tumblr, mas nunca soube sobre o que realmente se tratava -, e a minha primeira surpresa foi ver que a série não começava já com David Tennant (no offense tho), mas com Christoper Eccleston. ♥


Diga olá para o 9th Doctor~

Não que eu não goste do 10th Doctor (pelo contrário, eu amo ele), é só que sempre que eu via algum gif ou imagem da série, era o Dave (íntima ♥) ou o Matt Smith, então eu pensava que não tinha ninguém antes deles. Eu também nunca tinha entendido porquê o Doctor podia ser interpretado por pessoas diferentes, mas isso é revelado na primeira temporada e não é segredo pra ninguém, risos. Enfim, eu simplesmente amava o 9th Doctor, mas eu não gostei muito da companheira dele de primeira. Depois fiquei com saudades, ela mudou um pouco no decorrer da série (assim como qualquer companheira que o Doctor venha a ter), então eu comecei a gostar dela. Depois eu percebi que isso acontece com uma certa frequência, infelizmente.

Ok, eu tô aqui, o tempo todo falando das coisas que eu gostei, sem falar sobre o quê diabos a série se trata (embora muito provavelmete não seja novidade pra ninguém), então eu vou traçar superficialmente pra vocês: tem aliens e um cara muito louco chamado Doctor (na verdade o nome dele é oculto para os telespectadores) que tenta parar os extraterrestres de invadir/destruir a Terra e o universo. Parece bem chato falando assim, porque parece que não tem uma história para que haja progressão, mas isso não é verdade: há sempre os companheiros do Doctor e certos inimigos que querem acabar com ele de uma vez por todas, como os Daleks.

Então, de volta à minha experiência pessoal com a série, eu assisti as 3 primeiras temporadas dentro de uma semana, e isso é muito incomum pra mim - raramente fico tão "viciada" que assisto algo tão rápido -, e eu diminuí um pouco o rítmo na quarta temporada, mas cá estou eu, no meio da quinta temporada. O Doctor muda entre essas duas temporadas, e eu ainda não superei a ida do 10th, sério.


10th Doctor, interpretado por David Tennant

Eu realmente não fui com a cara do 10th Doctor de primeira, só porque eu não tinha superado o 9th ainda. Meu amor por ele começou quando eu percebi que ele era altamente brincalhão (amo pessoas brincalhonas ♥), e David Tennant é muito bom no papel - bem, interpretar o Doctor era seu sonho na infância, então pode-se adicionar o fato de que ele realmente gostava do que estava fazendo. Sua ida foi a primeira vez que chorei assistindo essa série - e faz tempo que não chorava ao assistir alguma coisa, por mais triste que o filme/série fosse - e eu ainda fico meio triste quando penso nele, mas sempre dá pra assistir vídeos de tributos etc., risos. Estou começando a gostar do 11th, mas meu coração continua partido. Estranho, porque em geral eu tenho problemas pra me envolver com as pessoas, sejam elas reais ou ficcionais. Como você fez isso, 10th?!

Acho que não era exatamente esse post que eu tinha em mente quando resolvi falar sobre Doctor Who, mas tudo que eu quero dizer é que essa série realmente me pegou, como nenhum outra fez antes, e eu estou comepletamente apaixonada por ela. Pra quem não assistiu, recomendo com todas as minhas forças.

Bem, acho que é hora que continuar assistindo os outros episódios. Off I go then. :)


Todos os gifs foram retirados do site giphy.com